Dreams

Hoje me deu vontade de fazer um post sério.
Quer dizer, não é bem um post, acho que é um desabafo mesmo, falar sobre algumas experiências.

Na rua que eu morava, tinha uma padaria grandona. O dono, o Siqueira, é uma das poucas pessoas que eu realmente me lembro daquele lugar. Ele era meio gordo, usava camisas de botão, calça jeans e chinelos. Eu não me lembro de ter visto o Siqueira de sapato.
O fato que eu ia nele, pelo menos, cinco vezes por semana. E sempre eu, a Ísis nunca ia, enfim. Fosse pra comprar pão, salgadinho, doce, cigarros pra o meu pai, enfim.
Acontece que, quando eu fiz 11 anos, eu sai daquela rua, por causa da doença da minha mãe. E nesses seis anos, só fui lá uma vez e não fui na padaria. Até que uns dois ou três atrás, minha mãe o encontrou num ônibus e ele contou uma história pra ela.

Ele nasceu em Gravatá, uma cidade do interior aqui. E começou novo à trabalhar numa padaria. Ele dizia que, um dia, aquela padaria seria dele. E um homem, mais velho que ele e que trabalhava na padaria também, dizia pra ele não sonhar tanto.
Bem, o Siqueira veio pra Recife, abriu a padaria dele, juntou dinheiro e comprou a primeira padaria que ele trabalhou, que ele tanto sonhava.
E sabe qual foi a primeira coisa que ele fez?
Chamou aquele senhor que dizia que ele não ia conseguir pra ver. Ver a padaria DELE.

Bonita a história, não?
Mas, não termina por ai.

Ele disse pra minha mãe que, quando você tem um sonho, você não pode dormir pra sonhar com aquilo de novo. Você tem que se manter acordado. Acordado para realiza-lo!

Engraçado como eu nunca imaginei que aquele gordinho sorridente e dono da padaria da minha antiga rua pudesse mudar tanto o meu conceito sobre tantas coisas.

Helô está ouvindo Forever, do Papa Roach e morrendo de vontade de canta-la, mas são 22:45 e é melhor calar a boca.

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